quinta-feira, 28 de abril de 2011

Nota de Repúdio à Prisão dos Militantes da Marcha da Maconha


No último dia 23 de abril, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro detiveram no bairro da Lapa (RJ) quatro integrantes do movimento Marcha da Maconha, quando estes distribuíam panfletos com as datas da próxima manifestação, marcada para o dia 7 de maio. A polícia militar alegou que os quatro jovens envolvidos estariam fazendo apologia ao crime. Apesar de liberados, os manifestantes foram intimados a responder ao processo em juízo e em liberdade.

A Marcha da Maconha é um movimento social que luta a favor de uma mudança constitucional que, de forma legítima, busca uma alteração na constituição que torne legal o uso da maconha. Segundo o blog da Marcha da Maconha Brasil, o movimento não faz apologia ao uso de qualquer droga, incluindo a maconha. O site ainda diz que “a Marcha da Maconha Brasil atuará estritamente dentro da Constituição”.

A constituição de 1988 prevê o direito de opinião livre, bem como a livre organização política a todos os cidadãos brasileiros. Consideramos completamente indevida a prisão dos militantes que, de forma pacífica, apenas difundiam suas idéias e convocavam sua manifestação. Não podemos aceitar que o aparato repressor do estado tente impedir qualquer tipo de manifestação pacífica que proponha mudanças constitucionais. O direito à livre organização política foi conquistado após muitas lutas pela redemocratização do nosso país e, posturas como a que teve a Polícia Militar no dia 23 de Abril representam um verdadeiro ataque à nossa democracia.

Mediante estas constatações, o Diretório Central dos Estudantes Vladimir Herzog, o Diretório Acadêmico de Comunicação Social Leonel de Moura Brizola, o Diretório Acadêmico de Turismo João Amazonas e o Diretório Acadêmico de Direto João Cândido exprime através da presente nota seu repúdio pela atitude da Polícia Militar do Rio de Janeiro e manifesta sua solidariedade e apoio ao movimento da “Marcha da Maconha”.

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